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A Doença de Dupuytren foi descrita pela primeira vez pelo Barão Guillaume Dupuytren (1777 - 1835), anatomista francês, cirurgião militar e médico de Napoleão Bonaparte, sendo o primeiro especialista a extirpar o maxilar inferior, a drenar com êxito um abcesso cerebral, e a descrever a patologia da luxação congénita da anca.

 

A ele se deve a correção da classificação das queimaduras, a idealização da cirurgia para o cancro do colo do útero e a criação de um ânus artificial. Tornou-se ainda mais conhecido pelos procedimentos cirúrgicos que levaram ao tratamento da Doença de Dupuytren, doença que descreveu em 1831.

 

A Doença de Dupuytren caracteriza-se por um espessamento e retração da aponevrose palmar devida a uma proliferação fibroblástica, levando a uma flexão progressiva e irredutível dos dedos da mão. O cordão espessado pode permanecer inalterado por anos ou aumentar progressivamente. O quarto e quinto dedos são os mais frequentemente atingidos. Nos indivíduos mais jovens, afecta mais os homens que as mulheres, variando de 7:1 a 15:1. Nos idosos, há um aumento da incidência nas mulheres, chegando esta a igualar-se à dos homens.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

​Vários tratamentos médicos foram utilizados, mas todos eles comprovadamente ineficazes como o uso da Vitamina E, a acupunctura, a mesoterapia e as infiltrações com corticosteróides, sendo esta última terapêutica várias vezes por nós utilizada no passado, com resultados bastante decepcionantes.

Outros tratamentos têm vindo a ser utilizados como a colchicina, o verapamil, o clobetasol, as injecções de colagenase no tecido afetado e a aponevrotomia transcutânea por agulha, esta última de que iremos falar com mais detalhe.

Em relação aos tratamentos cirúrgicos, várias técnicas têm sido utilizadas como a aponevrectomia cirúrgica, a técnica de Mac Cash (método da palma aberta aguardando-se uma cicatrização secundária da ferida), a artrolise da interfalângica proximal, o enxerto de pele e a artrodese.

Desde Novembro de 2008 que iniciámos uma nova técnica não-cirúrgica desta doença, denominada aponevrotomia transcutânea por agulha, proposta pelamédico Jean Lermusiaux do Hospital Lariboisière, em Paris, utilizando-se o bisel de uma agulha, realizando uma ou várias secções da corda aponevrótica, seguindo-se uma extensão enérgica do dedo, obrigando a corda a separar-se pela zona mais frágil.

 

Doença de Dupuytren /

Mais Informações /

 

Mais informações acerca da Doença de Dupuytren e alguns médicos que realizam o tratamento em todo o Mundo:

http://f.badois-dupuytren.assoc.pagespro-orange.fr

 

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